Gostaria de ensinar os seus filhos a poupar com estratégias eficazes e fáceis de aplicar? Segundo o jornal Eco, Portugal é o segundo país da União Europeia com pior classificação em literacia financeira. Por isso, quanto mais cedo começar a ensinar os mais pequenos a construírem um futuro financeiro seguro e equilibrado, melhor.
Por que é importante ensinar a poupança às crianças?
A educação financeira começa em casa e desempenha um papel determinante na forma como as crianças lidam com o dinheiro ao longo da vida. Ensinar os filhos a poupar não significa apenas guardar dinheiro, mas ajudá-los, também, a compreender o valor do esforço, da paciência e do planeamento financeiro.
Qual é o impacto da educação financeira desde a infância?
A literacia financeira infantil ajuda as crianças a desenvolverem uma visão clara sobre a importância da poupança e do consumo responsável. Uma criança que aprende a gerir dinheiro desde cedo terá, quando atingir a idade adulta, uma maior autonomia e confiança para lidar com os desafios financeiros.
A poupança para filhos deve ser encarada como um investimento a longo prazo, ajudando-os a planear e a gerir os seus recursos de forma consciente e estável. Além disso, pode contribuir para uma gestão mais eficiente dos recursos atuais dos pais, tornando-os bons aliados na redução de algumas despesas correntes, tais como eletricidade, água ou gás, entre outras.
Dicas para incentivar a poupança desde cedo!
Como pode começar já a incentivar os mais pequenos a pouparem? Leve em consideração as seguintes dicas:
- Ofereça um mealheiro: Um dos primeiros passos é dar um mealheiro para que comecem a guardar pequenas quantias.
- Atribua uma semanada ou mesada: Esta é uma excelente forma de ensinar as crianças a gerir o seu próprio dinheiro e a planear os seus gastos.
- Defina objetivos de poupança: Incentive os seus filhos a pouparem para algo que realmente desejam. Um brinquedo ou uma experiência especial serão bons pontos de partida.
- Explique a diferença entre as necessidades e os desejos: Ensinar a distinguir entre o que é essencial e o que é supérfluo é um dos pilares da educação financeira.
- Envolva os seus filhos nas decisões financeiras da família: Mostrar como se gere um orçamento familiar pode ser uma excelente lição prática.
Atividades lúdicas para ensinar crianças a lidar com o dinheiro
As crianças aprendem melhor através de brincadeiras. Pode usar isto a seu favor para os ajudar com a literacia financeira.
Utilize jogos de tabuleiro – como o clássico Monopólio – ou aplicações educativas que simulam transações financeiras para ensinar aos mais pequenos os conceitos básicos de poupança e de gestão.
Criar um sistema de recompensas baseado na poupança pode ser, também, uma forma divertida de motivá-los. Por exemplo: por cada valor que conseguirem poupar, atribua um “juro” extra, aumentando o montante que guardaram. Se a criança conseguir poupar 5 euros, pode acrescentar um juro de 10%, tornando o valor final 5,50 euros. Esta abordagem mostra, de forma prática, como o dinheiro pode crescer com o tempo e reforça a importância de poupar regularmente.
A importância do exemplo dos pais na educação financeira
As crianças imitam os comportamentos dos adultos. Por isso, se os pais demonstrarem bons hábitos financeiros, será mais fácil serem “seguidos” pelos mais pequenos. Dar o exemplo, através de uma gestão financeira equilibrada, evitar compras por impulso e reforçar a importância da poupança são atitudes que marcam a diferença.
Como constituir uma poupança desde cedo?
Atualmente, criar uma poupança para filhos é simples e acessível. Fique a conhecer algumas estratégias eficazes:
• Abra uma conta poupança infantil, especialmente concebida para ajudar a acumular capital a longo prazo em nome dos seus filhos.
• Realize depósitos regulares, mesmo que de pequenos montantes – a consistência é mais importante do que o valor inicial.
• Envolva as crianças no processo mostrando-lhes, de forma visual, como o valor poupado pode ir crescendo com o tempo.
• Avalie outras soluções ajustadas às necessidades futuras, que permitem auxiliar com a educação, uma primeira habitação ou outro projeto relevante.
Como adaptar a educação financeira às diferentes faixas etárias?
A abordagem à poupança e à educação financeira deve ser ajustada à idade e ao nível de compreensão das crianças. Conheça algumas sugestões para adaptar a linguagem e os conceitos de forma eficaz:
Dos 3 aos 5 anos
Nesta fase, o foco deve estar em conceitos muito básicos e visuais. Pode-se usar moedas físicas, mealheiros transparentes ou jogos simples. O ponto-chave é a ideia de “guardar para mais tarde”. Frases como “vamos juntar moedas para comprar algo especial” ajudam a desenvolver, desde cedo, o entendimento sobre o valor da poupança.
Dos 6 aos 9 anos
A criança já compreende melhor a noção de valor. É possível introduzir mesadas simbólicas e falar de prioridades. Nestas idades, pode encorajá-los a definir objetivos de poupança e a separar o dinheiro em diferentes categorias: gastar, poupar, partilhar, através de jogos ou desafios práticos.
Dos 10 aos 12 anos
Nesta idade, pode começar a aprofundar temas tais como orçamento e comparação de preços. Incentive estes jovens a planear pequenas compras, a tomar decisões financeiras simples e a acompanhar o crescimento da sua poupança. Pode introduzir noções de juros de forma prática.
Adolescentes
Nesta fase, os jovens já conseguem compreender conceitos como cartões, contas bancárias, investimentos ou seguros. É, por isso, uma excelente altura para abordar alguns temas, tais como o consumo consciente, os rendimentos e até o planeamento de despesas maiores (para uma viagem ou curso, por exemplo). Dê-lhes autonomia e incentive-os a tomar decisões com base em metas reais.
Escolas falham na literacia financeira e o papel essencial da família
A literacia financeira é uma competência essencial para a vida adulta, capacitando as pessoas a tomarem decisões informadas sobre gestão de dinheiro, poupança e investimento. No entanto, os dados revelam uma lacuna significativa no ensino desta disciplina nas escolas portuguesas.
De acordo com os resultados do PISA 2022, divulgados em junho de 2024, os alunos portugueses obtiveram uma média de 494 pontos em literacia financeira, posicionando Portugal em 9.º lugar entre os 20 países participantes e alinhado com a média da OCDE de 498 pontos. Contudo, apenas 30% dos estudantes portugueses relataram ter tido contacto com atividades de literacia financeira nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento. Este valor é inferior à média da OCDE, indicando que os alunos em Portugal têm menos oportunidades de aprender sobre finanças na escola.
Esta lacuna no currículo escolar enfatiza a necessidade de a educação financeira ser abordada no ambiente familiar.
Como escolher a melhor conta poupança infantil?
Para além dos tradicionais depósitos bancários, existem soluções mais abrangentes para garantir uma poupança eficaz e protegida. Os seguros de capitalização são uma excelente alternativa para acumular capital a longo prazo, com a vantagem de constituir uma proteção adicional para o futuro dos seus filhos.
Antes de tomar uma decisão, avalie fatores tais como a rentabilidade, a flexibilidade e a segurança para garantir a melhor escolha.
Erros a evitar ao ensinar os filhos a poupar
Fique a conhecer um conjunto de erros que muitos pais cometem no que toca à literacia financeira infantil:
Não dar autonomia
As crianças precisam de gerir pequenas quantias para aprenderem a tomar decisões financeiras.
Fazer da poupança uma obrigação
Se for imposta, a criança pode encarar a poupança como algo negativo.
Não falar sobre dinheiro em casa
O tema deve ser abordado de forma natural para que se torne parte do dia a dia.
Oferecer tudo sem esforço
Ensinar que o dinheiro exige esforço ajuda a desenvolver um sentido de responsabilidade e valorização.
Seguros como ferramenta de poupança e futuro para os filhos
Além das contas de poupança tradicionais, os seguros são uma solução eficiente para garantir o futuro financeiro das crianças, proporcionando estabilidade e proteção adicional. A PRÉVOIR disponibiliza duas opções que se enquadram nas necessidades de famílias com filhos em idade escolar.
O PRÉVOIR Renda Júnior é um seguro que assegura uma renda mensal de educação entre 200€ e 500€ por um período de 5, 8 ou 10 anos, garantindo um apoio financeiro essencial para os estudos dos filhos, em caso de doença ou acidente do progenitor. Adicionalmente, prevê o pagamento de um capital de 3.000€, bem como um subsídio diário para assistência aos filhos, caso a pessoa segura necessite de dar apoio permanente, em caso de acidente. Esta solução é uma ajuda valiosa na manutenção do bem-estar e continuidade da formação das crianças, independentemente das circunstâncias.
Outra opção, o PRÉVOIR Proteção e Poupança, é um seguro misto que combina poupança e proteção, permitindo que se acumule capital com uma rentabilidade garantida, comunicada anualmente. Em caso de Morte ou Invalidez Absoluta e Definitiva (IAD) por acidente, o beneficiário recebe o capital seguro, até 100.000€, proporcionando um apoio financeiro sólido. Em caso de morte por doença, é assegurado o pagamento da poupança constituída à data do evento. Este seguro destaca-se, ainda, pela sua flexibilidade, permitindo contribuições periódicas ajustadas às necessidades da família e garantindo um crescimento seguro da poupança.
Ao optar por soluções como estas, está a garantir não apenas uma poupança estruturada para os seus filhos, mas também uma rede de proteção robusta, que os ampara em qualquer eventualidade.
Construa um futuro financeiro sólido para os filhos
O tema “poupança para crianças” é essencial para construir, desde cedo, uma base financeira sólida. Com uma educação financeira adequada e com hábitos de poupança consistentes, os seus filhos poderão aprender a gerir o dinheiro de forma equilibrada e a tomar decisões conscientes ao longo da vida.
Ao integrar soluções de proteção e/ou capitalização tais como seguros, adaptados às necessidades de longo prazo, está a garantir um futuro mais seguro e tranquilo para os mais pequenos. O segredo está em começar cedo e manter um compromisso contínuo com uma poupança regular, estruturada e alinhada com os objetivos da família.
